sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dívida pública americana

Caso o Congresso americano não aprove a elevação do teto da dívida, até 02/08, desenha-se um cenário de caos na economia mundial. Obama ainda poderia, conforme avaliam analistas, apelar para uma de quatro medidas, apesar de contestadas por outros analistas: 1-A 14ª emenda da Constituição, que dá ao presidente o poder de passar por cima do Congresso e aumentar o teto da dívida por decreto. 2-Vender ativos (reservas de ouro ou instrumentos financeiros com respaldo hipotecário). 3-Apelar para a intervenção do banco central americano, que pode tomar dinheiro emprestado para ajudar o Tesouro a cumprir seus compromissos. 4- Pagar a uns e a outros, não. Situação catastrófica. Vamos aguardar pelo bom senso dos congressistas.

Pão de Açúcar X Casino

Lembram, ainda, da briga entre o Grupo de Abílio Diniz e seu sócio francês, o Casino? Pois é, como o blog já havia previsto, novos capítulos se seguiriam e aí está mais um: o Casino está querendo fazer as pazes. Porque?  Porque ele viu seu lucro líquido cair 22,9% no primeiro semestre, afetado pelo clima econômico moroso na França e, por uma avaliação mais objetiva, chegaram à conclusão de que seu futuro  não está na França, mas sim nos países emergentes e sobretudo no Brasil. Aguardemos novos capítulos.

ANS

Além da portabilidade dos planos de saúde, que já havíamos noticiado, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) deve publicar na próxima semana uma resolução que atualiza a cobertura assistencial obrigatória para os planos de saúde. Os convênios terão que custear, a partir de janeiro de 2012, 50 novos procedimentos --entre eles, cirurgia de redução de estômago via laparoscopia, terapia ocupacional e a tomografia especial PET Scan, usada no diagnóstico de câncer. Será que agora vamos ter uma assistência mais efetiva, mais honesta?

Big Mac

Você sabia que o Big Mac, utilizado como referência monetária, como “Índice Big Mac”, pela revista The Economist, é o 4º mais caro do mundo? Ele fica atrás apenas de Noruega, Suíça e Suécia, pela ordem. A revista, ainda, agregando ao cálculo o PIB per capita dos países, aponta o Real como a moeda mais cara do mundo, 149% sobrevalorizada em relação ao dólar. Bom para quem viaja ou compra no exterior, mas péssimo para quem vive aqui.

Exploração!

Em extenso e detalhado artigo, Joel Leite, diretor da Agência de Notícias Autoinforme, revela que não são os impostos, a mão de obra, os benefícios sociais, os custos de produção ou a baixa produtividade os vilões maiores do custo de um veículo ao consumidor. O maior custo é o chamado “Lucro Brasil”, ou seja, a alta porcentagem de lucro, tanto das montadoras quanto dos revendedores. Como exemplo, ele cita que diversos veículos exportados, com diversos acessórios a mais, mesmo com fretes, seguros etc., saem bem mais baratos lá fora do que no mercado interno.

Exploração! 2

Continuando o assunto da nota anterior, sobre os preços extorsivos dos veículos, no mercado brasileiro, mostramos mais alguns detalhes: COROLLA – No Brasil, US$ 37.636. Na Argentina - US$ 21.658 e nos EUA US$ 15.450. JETTA – No Brasil, R$ 65,7 mil. No México, R$ 32,5 mil. GOL I-MOTION, com airbags e ABS, fabricado aqui – No Brasil, R$ 46 mil, no Chile, R$ 29 mil. KIA SOUL – No Brasil, US$ 33 mil. No Paraguai, US$ 18 mil. Alguns dos entrevistados alegaram coisas que o bom senso não aceitaria, outros nem se justificaram e outros nos premiaram com as seguintes pérolas: “O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265 mil por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil. “Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.

Ufanismo

A expansão da influência do Brasil começa a gerar um sentimento antibrasileiro na América do Sul. O governo da província argentina de Mendoza acaba de suspender um projeto de exploração de potássio da Vale (investimento de US$ 8 bilhões). No Peru, o governo cancelou a licença para a construção da hidroelétrica de Inambari, a maior do país, a ser tocada pela OAS, Furnas e Eletrobras (US$ 4,9 bilhões). Pode-se perceber esse sentimento, pelas palavras do presidente do Peru, Ollanta Humal: "Não queremos repetir com o Brasil o ditado mexicano que diz que a desgraça do México é estar tão longe de Deus e tão perto dos EUA." Pois é... Em vez de tirar proveito e crescer junto, a filosofia deles é tentar impedir que cresçamos. É por isso que estão onde estão...